Joelma estava ao lado de Chimbinha nesta quarta-feira para falar sobre a gravação do sétimo DVD da banda Calypso. Apesar disso, um dos assuntos que tomou conta da coletiva de imprensa foi a polêmica na qual a cantora se envolveu com os gays. Em março, ela teria comparado homossexuais a drogados e isso gerou muita polêmica.
— Os gays são maravilhosos. A maioria dos meus fãs são gays. Eles levam roupas para mim, maquiagem. Minha casa é cheia de gays — contou a vocalista do Calypso, que disse ainda ser uma mulher de fibra: — Até confesso que gosto de uma briga boa. Eu sempre tiro coisas boas de qualquer circunstância.
Sobre o novo DVD, Joelma e Chimbinha explicaram por decidiram fazer a gravação em Ceilândia, Brasília, durante a festa São João do Cerrado.
— Nós escolhemos Brasilia por causa da logística dos fãs. Temos admiradores em várias partes do país, então escolhemos um lugar central — explicou Joelma, que vai receber Amado Batista e Reginaldo Rossi como convidados durante a gravação, nesta quinta-feira.
Joelma e Chimbinha participaram do Festival da Baía das Gatas, na República de Cabo Verde, África.
do EGO, no Rio
A Banda Calypso segue colhendo os louros do sucesso. Após arrastar milhares de fãs no Brasil com seus hits de sucesso, Joelma e Chimbinha continuam levando a música paraense por outros cantos do mundo. Na madrugada deste domingo, os artistas realizaram show durante o Festival da Baía das Gatas, que acontece na República de Cabo Verde, na África. "É um prazer estar em Cabo Verde, gostaria de cantar até amanhã de manhã!" disse Joelma para o público presente.
Ela confessa: gosta de uma briga e colecionou algumas este ano. De opinião forte, a cantora Joelma, da Banda Calypso, foi acusada de comparar gays a drogados e precisou algumas vezes negar o fim do grupo, que já vendeu mais de 15 milhões de discos em 14 anos. Ao lado do marido e também parceiro de palco, Chimbinha, ela disse que “apanhou muito, mas se fortaleceu”. Em conversa com a Canal Extra na véspera da gravação do sétimo DVD da banda, no dia 9, em Ceilândia (DF), a dupla paraense negou a crise no casamento. Os dois ainda desabafaram sobre o preconceito que sofrem por produzirem música “brega”.
Isso é Calypso!
Numa entrevista em março, você disse que lutaria até a morte se tivesse um filho homossexual e foi acusada de comparar gays a drogados. Mas, ao mesmo tempo, a Banda Calypso tem um grande número de fãs gays. Como eles reagiram a tudo isso?
Joelma: Nossos fãs são, na maioria, gays e lésbicas. Eles podem falar de mim. Eles sabem da maneira como eu os trato. Eles sabem o que eu converso com eles, e eles conversam comigo. Agora, eu não sei se foi um mal-entendido ou se foi de maldade, porque vocês (jornalistas) que trabalham na mídia sabem que há uma imprensa marrom. Existe a galera do bem e a galera do mal. Mas eu fiquei tranquila, porque meus fãs me conhecem. Eu não sou mulher de fugir da raia, sou de encarar o negócio mesmo, até confesso que gosto muito de uma briga. Enfim, eu sempre tiro alguma coisa boa de tudo, uma lição.
Esse período foi o pior momento da banda?
Chimbinha: Bateram tanto, bateram tanto, e nós não caímos. As pessoas me chamaram de gay, disseram que eu estava com depressão. Acabaram com o meu casamento, depois falaram que nossa relação é de fachada. E estamos aqui, juntos, gravando mais um DVD.
J: A gente apanhou muito este ano! Eu trabalhei tanto que acho que o meu corpo melhorou mais, eu fiquei magrinha, acho que estou mais em forma. Aprendi muito com tudo isso. Muito mesmo. Não que eu tenha achado legal, né? Mas essa história me fortaleceu bastante.
Joelma, você vai lançar um CD de música gospel, e imediatamente surgiram boatos sobre o fim da Calypso. Afinal de contas, a banda vai acabar?
J: Eu já me considero uma cantora gospel há oito anos, desde a primeira vez que eu gravei a primeira música religiosa na vida. Foi a maneira que eu encontrei de agradecer a Deus por tudo que Ele fez na minha vida. Hoje, tudo que eu sou, eu devo a Ele. Só que a imprensa grandiosa não sabia disso. Mas deixar a Calypso, nunca, jamais. É um presente de Deus pra gente.
C: Eu parei o projeto de CD de guitarra, que planejava. Fiquei até com medo de lançar e as pessoas acharem que a banda vai acabar.
Quando surgiu a polêmica com os gays, apareceram informações de que o filme sobre a história da Calypso seria cancelado por falta de patrocínio. O filme vai sair mesmo?
J: A gente concordou em fazer o filme por insistência. E eu não estou muito por dentro de nada. Já que eu aceitei, falei tudo que eu queria. Eu só tive um encontro com a Deborah Secco (a atriz será Joelma no filme). Nós duas conversamos em casa. A gente cantou e brincou a noite toda e não conversou nada de filme. Eu acho que ela já estava me estudando naquele momento, porque a Deborah estava imitando alguns gestos meus.
Por vocês serem do Norte e cantarem músicas regionais, a Calypso sofreu muito preconceito no início da carreira?
C: Em 1999, o auge era o pagode. Eu mandava (as músicas) para as gravadoras, sem sucesso. Com insistência, lançamos o primeiro CD e vendemos 500 mil cópias. No segundo álbum, fomos para uma gravadora grande. Pedi para sair seis meses depois. Eles queriam mandar no repertório. Eu disse que não. Hoje vendemos mais de 15 milhões de discos. E se as pessoas falam que brega é isso, eu sou um bregueiro nato.
J: Até hoje sofremos. Acho que são pessoas ignorantes que se acham mais especiais do que outras. Eu conheço gente que não sabe nem assinar o nome, mas tem talento para outras coisas, ganha dinheiro e é rico.
Você pensa em engravidar mais uma vez (Joelma tem dois filhos de seu antigo relacionamento e um do casamento com Chimbinha)?
J: Toda vez que eu vejo um bebê, fico louca. Desperta em mim um sentimento materno. Eu estou me programando para daqui a cinco anos. Quero ter um bebê e dar uma parada básica de seis meses com licença-maternidade e tudo.
E como você consegue ser mãe e manter a sua agenda de shows com uma rotina agitada ?
J: O Yago (17 anos) e a Yasmin (9 anos) estudam música e fazem tanta coisa, que eu prefiro que eles fiquem em casa para não atrapalhar a rotina dos dois. Eu vejo meus filhos quando volto para casa (em São Paulo, onde a família mora) e tento ter uma agenda de shows um pouco mais tranquila hoje em dia.
Qual é a importância da religião na vida de vocês (Joelma e Chimbinha atualmente são evangélicos)?
J: Acho que é tudo. Dentro de mim melhorou tudo. Eu tenho paz, felicidade, família e trabalho. Consigo passar por momentos difíceis com tranquilidade graças a tudo que eu acredito. Você aprende a lidar com todas as situações e não sai por aí querendo dar um tiro na cabeça.
Qual é o segredo para se manter durante 14 anos na estrada?
C: Trabalho. Muito trabalho. E a gente não vive de modismo. Antes, o funk estava na moda. Hoje, o Brasil todo está passando por um momento do sertanejo. Que bom para eles. Mas em nenhum momento nós fomos para o ritmo desses cantores. Tocamos o que a gente acha ser o nosso ritmo.
Ano que vem, Joelma, você completa 40 anos de idade e 15 de Calypso. Haverá uma comemoração especial ?
J: Parece que foi hoje a gravação do DVD de dez anos. Ainda estamos focados neste projeto aqui em Ceilândia, mas teremos com certeza algo legal em 2014. E eu quero um festão de aniversário também (risos).
Como foi feita a escolha das músicas neste novo DVD?
J: Cinquenta por cento do DVD está voltado para um ritmo mais do início da nossa carreira, com uma pegada mais romântica. Mas não podemos deixar o estilo mais dançante da banda, que a maioria dos fãs prefere.
Quem escolhe seus figurinos?
J: Tenho estilistas que produzem as peças, mas eu palpito muito. Gosto de saber o que eu vou usar e falo tudo o que eu quero. Neste DVD, por exemplo, uso quatro figurinos diferentes.
“Foi incrível, não tenho nem palavras pra narrar esse acontecimento, esse evento maravilhoso e grandioso. Vamos guardar esse momento pra sempre. Obrigada Ceilândia, você é especial!”, agradece a cantora Joelma.
Em coletiva de imprensa em Brasília, Joelma e Chimbinha falam sobre as polêmicas envolvendo a Banda Caypso: 'Não sou mulher de fugir da raia, até confesso que gosto muito de uma briga', disse a cantora. Eles gravam novo DVD na quinta-feira, no São João do Cerrado
Em Brasília, Joelma diz que as polêmicas com Calypso a deixaram mais forte
Prestes a gravar o sétimo DVD da banda Calypso, Joelma eChimbinha reuniram a imprensa na tarde desta quarta-feira, 7, em Brasília para falar sobre o novo álbum. Mas eles não fugiram das polêmicas que envolveram a banda durante o ano - os rumores de que Calypso vai acabar e as declarações de Joelma sobre homossexuais (ela foi acusada de comparar gays a drogados).
"Apanhei tanto que meu corpo melhorou mais", brincou a cantora."Nem sabia que eu aguentava tanta coisa. Aprendi muito com tudo isso. Não vou dizer que achei legal, mas me fortaleci muito", disse."Bateram tanto e nós não caímos, agora não acaba mais", completou Chimbinha.
A cantora não se esquivou também de falar sobre sua relação com os fãs homossexuais e as acusações de preconceito. "Eles podem falar de mim porque eles me conhecem, a maioria dos nossos fã-clubes são de gays e lésbicas, eles sabem da maneira que eu os trato, da maneira que eu converso com eles. Fiquei super tranquila, eles me conhecem tanto que eles brigaram até o fim", falou. "Não sou mulher de fugir da raia, até confesso que gosto muito de uma briga, me sinto mais viva", continuou. "Se a Joelma tivesse falado isso mesmo (comparando gays com drogados) o primeiro que ia brigar com ela seria eu", afirmou o guitarrista. "Eu sou evangélica e todo evangélico sabe que não pode julgar ninguém, só quem pode julgar é Deus".
DVD em Ceilândia
Joelma e Chimbinha vão gravar o novo DVD no São João do Cerrado - considerada a maior festa de São João fora de época do país - em Ceilândia, Distrito Federal. O show terá participações especiais de Amado Batista eReginaldo Rossi. "O Amado não é muito de mídia, mas o artista mais bem sucedido nesse país é o Amado Batista. Pra gente vai ser uma honra registrar esse momento com essas duas pessoa guerreiras", disse Joelma.
Depois da coletiva com a imprensa, Joelma e Chimbinha se reuniram com fãs - que fizeram barulho no Teatro Nacional. "Os fãs opinam mesmo no nosso trabalho, dão dicas de quais músicas devem estar no DVD. Eles lembram de músicas às vezes da banda que nem eu lembro mais", falou a vocalista. "Esses fãs são nossos anjos, nós não temos gravadora, eles são nossos divulgadores", completou Chimbinha.
Gravidez
Questionada sobre os planos de aumentar a família, a cantora contou que a intenção é engravidar daqui a cinco anos. "Daí vou fazer uma parada básica de seis meses".
O fã clube 'Bibas do Calypso' marcou presença na coletiva que aconteceu em Ceilândia, em Brasília, nesta quarta-feira, 7.
do EGO, no Rio
Fã clube "Bibas do Calypso" marcou presença na coletiva de imprensa do grupo (Foto: Francisco Cepeda/AgNews)
O fã clube "Bibas do Calypso" marcou presença na coletiva de imprensa sobre a gravação do sétimo DVD da banda. O encontro aconteceu nesta quarta-feira, 7, em Ceilândia, em Brasília, e o fã clube marcou presença com blusas e cartazes com referências ao grupo.
"Tenho muitos fãs gays, mas a Bíblia diz que o casamento gay não é correto e sou contra”, disse Joelma, acrescentando que, se tivesse um filho nessa situação, “lutaria até a morte para fazer sua conversão”. “Já vi muitos se regenerarem. Conheço muitas mães que sofrem por terem filhos gays. É como um drogado tentando se recuperar”, afirmou à coluna na época.
No Twitter, a declaração de Joelma causou a ira de internautas, entre eles alguns famosos, na época. Os ex-BBBs Serginho e André Gabeh comentaram. "Joelma, ore para o seu Deus continuar curando gays, porque se ele começar a curar surdez você perde muito mais fã", escreveu Gabeh. "Acho cafoníssima essa mulher, nem merece ser comentada. Cafona, tomara que você tenha um filho gay! Aí sim você terá que aprender que ser gay não é ser 'menos'", rebateu Serginho na rede social.
Chimbinha e Joelma durante a coletiva (Foto: Francisco Cepeda/AgNews)
O casal se abraça (Foto: Francisco Cepeda/AgNews)
A coletiva aconteceu em Ceilândia, em Brasília, nesta quarta-feira, 7 (Foto: Francisco Cepeda/AgNews)