Entre sorrisos e indiretas, Joelma agitou a madrugada de feriado

Rafaela Felicciano/Metrópoles 

Horas depois de Chimbinha dar entrevista ao “Fantástico”, dizendo, entre outras coisas, que o grupo Calypso continuaria com ou sem Joelma, a cantora deu o troco ao vivo, no palco da casa de shows Bamboa Brasília. À 1h57 desta segunda (12/10), a paraense apareceu com um sorriso largo no rosto, exalando alto astral na companhia de seus quatro dançarinos e sete integrantes da banda.

Entre enérgicos passos de dança, ela iniciou sua primeira apresentação na Bamboa cantando “Pra Te Esquecer”. Nos versos, fica impossível não notar traços autobiográficos que remetem ao atual momento da artista. “Viver assim / Já não dá mais / Não quero mais você em minha vida”. Enfileirando hits, ela cantou o sucesso “Cavalo Manco” e a icônica “A Lua Me Traiu”, outra faixa digna de um diário de cabeceira.

Dirigindo-se à plateia pela primeira vez, ela pôde escutar um afago transmitido por parte dos presentes: “Joelma, eu te amo!”. “Falei que não vou chorar mais”, disse ela. “Toda vez que a gente sofre um baque, é assim. A gente fica triste, cai. Mas Deus é poderoso”, continuou, antes de cantar “Barca Furada”. “A gente tem uma meta, mas Deus faz assim”, falou ao público, gesticulando. “A vida continua!”.

Noite catártica — mas protocolar
A péssima acústica do espaço não colaborou, mas ficou nítida a presença de espírito inquieta de Joelma. Entre uma música e outra, surgiam no telão fotos individuais da cantora, talvez numa tentativa de mostrar que, sim, ela seguirá sozinha — e muitíssimo bem.

Sob luzes coloridas e apoiada por uma percussão frenética, ela lançou mais indiretas por meio da autoexplicativa “Tchau pra Você”. “Quer transformar a minha vida / Em uma novela de TV / Onde o ciúme / É o dono da situação”, narram os versos.

Com agudos rasgados e roucos, ela executou “Acelerou” antes da primeira de duas pausas para troca de figurino. Com ar de melodrama, sob um vestido prateado e luvas e botas escuras, Joelma retornou doze minutos depois para cantar “Objeto de Desejo”.

A cada verso sobre ingratidão e rejeição, agarrava um dançarino pela camisa e o empurrava de um lado para o outro. “Cabou pra ti”, esbravejou entre risos irônicos, como se Chimbinha estivesse ali no palco, diante dela. “O que a gente faz com ele? Pega a máquina zero. Ia ficar lindo”, brincou.

Uma gafe: Chimbinha nos créditos finais
Logo após a intensa coreografia de “Dudu”, Joelma, uma artista evangélica, diminuiu a euforia para “adorar aquele que nos empresta o dom”. Sob calmas luzes azuis, ela se ajoelhou e arriscou uma oração durante “Unção Sem Limite”, canção gospel de Ludmila Ferber. Logo após urrar um “viva Jesus Cristo!”, a paraense saiu para mais uma troca de figurino prometendo chamar pessoas da plateia para contracenar com seus bailarinos.

Ao som de “Chamo por Você”, ela embalou performances de dois rapazes e duas moças. Depois, mediu a reação do público para eleger os vencedores desse mini-concurso. O protocolo de interação com os fãs logo ganhou tom de despedida com uma rodada de agradecimentos aos produtores e donos da casa de shows. Alguns fãs até ensaiaram um coro gritando o nome de Chimbinha, mas a provocação perdeu força em poucos segundos.

O público começou a deixar o espaço assim que Joelma desbravou versos da última canção da madrugada, “Se Quebrou”. Enquanto acenava para os presentes, créditos finais ocuparam o telão. E ali, às 3h35, entre os primeiros nomes que surgiram durante a projeção, foi possível ler uma menção a Chimbinha como o guitarrista da banda.

Ao que parece, enquanto Joelma estiver à frente da Calypso, a presença do ex-marido e parceiro artístico está resumida a um nome escrito em fonte branca sobre uma tela escura.

Veja o repertório do show:
“Pra Te Esquecer”
“Cavalo Manco””A Lua Me Traiu”
“Vamos Ficar de Bem”
“Isso É Calypso”
“Tchau pra Você”
“Xonou, Xonou”
“Cumbia do Amor”
“Acelerou”
“Objeto de Desejo”
“Maridos e Esposas”
“Tudo de Novo”
“Desfaz as Malas”
“Doce Mel”
“Esperando por Você”
“Dudu”
“Unção sem Limite”
“Chamo por Você”
“Se Quebrou”

Fonte: Metropoles

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